7 de Abril de 2020
PESTE E OUTRAS EPIDEMIAS: DOCUMENTOS DO ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO
Em tempo de pandemia de Covid-19, existirá interesse em conhecer outras doenças e epidemias e respetivas medidas de combate e prevenção que têm ocorrido ao longo da história nos mais diferentes territórios.
Encontram-se digitalizadas e disponíveis on-line várias imagens de documentos sobre este tema. Estão igualmente disponíveis catálogos e inventários cujos documentos poderão ser consultados no AHU ou acedidos por reprodução pedida através dos serviços em linha (https://digitarq.ahu.arquivos.pt/oservices) depois do atual período de confinamento.
Para quem tiver interesse em aprofundar a pesquisa sobre esta temática, a consulta de Fundos e Documentos na página do AHU, em http://ahu.dglab.gov.pt/fundos-e-colecoes/, permitirá aceder a catálogos em pdf e a ligações onde estão disponíveis descrições e imagens de documentos.
Destacamos a base de dados arquivística do AHU, em https://digitarq.ahu.arquivos.pt/, onde está disponível a descrição de grande parte da documentação do fundo de arquivo mais antigo do AHU, o Conselho Ultramarino. Os catálogos das séries de documentos avulsos e os códices referentes ao Brasil, pertencentes a este fundo, podem igualmente ser consultados em http://resgate.bn.br/docreader/docmulti.aspx?bib=resgate&pagfis=. Neste último endereço estão também disponíveis as imagens destes documentos. Naquela base de dados arquivística encontra-se igualmente disponível a descrição de documentação de Obras Públicas nas anteriores colónias portuguesas, entre 1830 e 1975, em Instrumentos de Descrição 1830/1975, com referências a equipamentos da área da saúde, pesquisando nomeadamente por hospital,lazareto e dispensário.
Na base de dados do projeto Arquivos do Ministério do Ultramar, em http://arquivos.ministerioultramar.holos.pt, encontram-se ainda, pelo termo hospital, muitas referências a documentos do AHU, anteriormente no Arquivo do IPAD. Também na coleção de fotografias do AHU, disponível em http://actd.iict.pt/community/actd:FOTO), há diversas imagens pesquisáveis por hospital.
Para o século XX, está acessível um inventário da Direção-Geral de Saúde e Assistência do Ministério do Ultramar em http://ahu.dglab.gov.pt/wp-content/uploads/sites/24/2017/03/DGSA-Invent%C3%A1rio.pdf
Termos de pesquisa como quarentena, epidemia, doença, peste, lazareto, hospital, medicina ou saúde obtêm resultados na base de dados arquivística do AHU. A documentação, sobretudo do séc. XVII ao séc. XIX , refere como doenças o sarampo, as bexigas, a lepra, a peste (incluindo “peste amarela de Cádis”), o escorbuto e, já no início do séc. XX, a doença do sono.
Destacamos alguns documentos cujas imagens podem ser consultadas on-line:
- CARTA da Mesa de Inspeção do Rio de Janeiro ao príncipe regente [D. João], sobre os danos causados pela bexiga e pelo escorbuto; solicitando que os escravos sejam previamente vacinados em África, evitando-se as mortes na viagem e o contágio na cidade do Rio de Janeiro.
PT/AHU/CU/017/0210/14623
Dados sobre o documento em https://digitarq.ahu.arquivos.pt/details?id=1340420 e imagem em http://resgate.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=017_RJ_AV&PagFis=117343&Pesq=pela%20bexiga%20e%20o%20escorbuto
- OFÍCIO do [vice-rei do Estado do Brasil], Luís de Vasconcelos e Sousa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, informando sobre os procedimentos dos oficiais das embarcações inglesas, fundeadas no Rio de Janeiro, que se encontravam de quarentena para tratamento de escorbuto; remetendo auto de exame feito à esquadra inglesa, de que é chefe Ricardo Bickerton
PT/AHU/CU/017/0119/09647
Dados sobre o documento em https://digitarq.ahu.arquivos.pt/details?id=1335444 e imagem em
- OFÍCIO do [vice-rei do Estado do Brasil], Luís de Vasconcelos e Sousa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, remetendo cópia do auto de exame feito ao navio inglês Borroudale, de que é capitão Robson Kud, pertencente a um negociante de Londres, William Leighton, que arribara ao porto do Rio de Janeiro devido ao contágio da tripulação com escorbuto; referindo que a embarcação inglesa partira do porto de Jackson, na Nova Holanda, com destino a Londres, tendo-se desviado da rota devido a ventos contrários e ao adoecimento da tripulação, procurando o porto mais próximo, neste caso o do Rio de Janeiro.
PT/AHU/CU/017/0132/10529
Dados sobre o documento em https://digitarq.ahu.arquivos.pt/details?id=1336326 e imagem em
http://resgate.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=017_RJ_AV&PagFis=81184&Pesq=CARTA%20da%20Mesa%20de%20Inspe%c3%a7%c3%a3o%20do%20Rio%20de%20Janeiro%20ao%20pr%c3%adncipe%20regente%20[D.%20Jo%c3%a3o],%20sobre%20os%20danos%20causados%20pela%20bexiga%20e%20o%20escorbuto;%20solicitando%20que%20os%20escravos%20sejam%20previamente%20vacinados%20em%20%c3%81frica,